quarta-feira, 26 de março de 2014

Causa Mortis: Amor


Meus companheiros de peças teatrais... Não escrevi uma peça sobre a páscoa a tempo para ser encenada agora em Abril. Então... Escrevi esse texto aqui. Quem não for fazer peça, pode recitá-lo com um fundo musical... Fica lindo!

Xeru e Paz de Cristo





CAUSA MORTIS: AMOR

Começava o dia em que toda a história da humanidade seria mudada. Nada nunca mais seria igual.

Sangue inocente seria derramado e por este sangue o que estava perdido veria a esperança renascer.

Pela morte de um homem, incontáveis outros teriam vida.

Causa Mortis: Amor

Quando Israel celebrou a primeira páscoa, um ato poderoso de Deus havia abalado todo o Egito: um anjo destruidor percorreu a região, tirando a vida de todos os primogênitos. No entanto, as portas cujos umbrais estavam marcados por sangue de cordeiro eram reconhecidas como invioláveis, casas de servos de Deus. O sangue tinha uma mensagem, ele dizia: Não! Aqui não! Aqui há proteção divina, aqui há salvação, aqui há cuidado do Senhor do Universo.
Essa cena maravilhosa, todavia, era só um símbolo de algo muito maior que aconteceria séculos depois. Um outro cordeiro morreria, um outro sangue seria aspergido sobre os homens e por ele grilhões seriam destruídos.
FILHO DE DEUS, que no princípio era o Verbo, Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Se fez homem, em um corpo mortal, sujeito às mesmas dores, às mesmas intempéries, às tentações, aos sofrimentos.
CORDEIRO DE DEUS, era um homem simples, filho de carpinteiro, andava no meio do povo, comia com pecadores, montava em jumentinho. Mas quando ele falava... Havia uma ternura, uma graça tão envolvente que atraía multidões. Se você se deixasse tocar por Ele, de verdade, nunca mais seria igual. Ele amava como ninguém mais sabia amar e o seu chamado era irresistível. Ele era tão sábio e poderoso, curava aquele que cria e não pedia nada em troca.
A PROFECIA SE CUMPRIU. Aquele de quem os profetas tantas vezes falaram agora veio ao mundo, mas o povo não reconheceu seu rei. Pelo contrário, como já havia sido dito, ele seria morto. Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
ELE FOI OPRIMIDO E AFLIGIDO, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Ele não desistiu, mesmo em meio a toda a dor que sentia. Seu corpo foi ferido, seus pés e mãos... Logo aqueles pés, que andaram pela terra levando amor... Logo aquelas mãos que se estenderam para curar...

Agora eles eram furados por pregos enormes, em um madeiro, uma cruz pesada.

Agora eles eram erguidos no Gólgota entre bandidos e diante de olhos que respondiam com escárnio àquele ato de amor.

E ELE PERDOOU. Consegue entender que ele ainda intercedeu por aqueles que o dilaceravam, pedindo a Deus que os perdoasse?
E PERTO DA HORA NONA, ele exclamou em alta voz dizendo: “Eli, Eli, lemá sabactâni”... Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Deus olhava nele todos os pecados da humanidade, e mais que a dor dos cravos, a dor da separação de Deus foi a mais cruel das penalidades. Era a minha pena, a sua pena, a nossa separação eterna de Deus sendo jogada nas costas daquele cordeiro!

E clamando com grande voz, entregou o espírito...

E O VÉU DO TEMPLO SE RASGOU DE ALTO A BAIXO, aquele véu que impedia o acesso ao Santo dos Santos agora estava rasgado, pois por aquela morte estava aberto o acesso a Deus. Não há mais barreiras, não há mais impedimentos, não há...  Deus está perto, a todo tempo, sempre perto.

A terra tremeu...
As pedras se fenderam...
Sepulcros se abriram e santos ressuscitaram...

E quero dizer como disse o centurião que guardava o corpo do Messias:
VERDADEIRAMENTE, ESTE ERA O FILHO DE DEUS

Mas o que seria a vida sem ele? A profecia se cumpriu outra vez e ao terceiro dia ele ressuscitou! A morte não pode detê-lo! Logo ele, que é o dono da vida!
VIVO ESTÁ, Cristo vivo está e fez uma promessa que nos dá forças para continuar:
Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!
O nome dele é JESUS! JESUS! JESUS! Nossa páscoa! E nós comemoramos por que a sua morte nos trouxe vida, e apesar de ter voltado aos céus, ELE JAMAIS NOS DEIXOU!
O seu Espírito Santo habita em nós e nos conduzirá pelo caminho, até que um dia enfim nos encontraremos com Ele e permaneceremos juntos por toda a eternidade.

Onde Ele estiver, ali estaremos nós também.




Com Amor,
Akila Carvalho

 26 de março de 2014

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